Um bastão envolvido por uma serpente caracteriza o bordão ou caduceu do deus grego da medicina (Asclépio) ou de seu equivalente romano (Esculápio). O caduceu tornou-se consagrado como o símbolo da medicina na cultura internacional contemporânea, encontrando-se presente mesmo na bandeira da Organização Mundial da Saúde. No logo do Instituto de Investigação e Tratamento de Autoimunidade (ou simplesmente Instituto de Autoimunidade) a mesma serpente que envolve o caduceu também enlaça o sol, indicando a aliança inquestionável da exposição solar com a preservação da saúde humana. Os raios solares matinais ou vespertinos, ao incidirem sobre a pele, produzem uma substância inigualável e insubstituível na preservação e recuperação da saúde humana: o colecalciferol. Ao adotar esse logo, o Instituto de Autoimunidade busca chamar a atenção para a necessidade de uma adequada exposição solar (cada vez mais rara devido aos hábitos urbanos modernos, única fonte natural de quantidades adequadas de colecalciferol) para a preservação da saúde. Busca também destacar o papel insubstituível do tratamento com doses adequadas de colecalciferol para uma longa e crescente lista de doenças.
A deficiência desse pré-hormônio secosteróide (erradamente chamado de “vitamina d” por um erro histórico que leva à falsa dedução de que doses adequadas sejam encontradas nos alimentos) é de fato devida à baixa exposição solar. Ela provoca a redução da síntese (extra-renal) de seu derivado hormonal ativo no interior de diversas células (incluindo as células dos sistemas endócrino, reprodutor, cardiovascular, nervoso e imunológico), afetando o controle da expressão de 229 genes ou funções em cada uma de todas as células do organismo humano. Em consequência, a deficiência (presente em quase 80% da população paulistana no inverno, caindo para pouco menos de 40% no verão) provavelmente funciona como um verdadeiro pré-requisito para a ocorrência das doenças autoimunitárias [esclerose múltipla, neurite óptica, doença de Devic, Guillain-Barré (poliradiculo-neurite), polineuropatia, miastenia gravis, artrite reumatóide, lúpus (discóide ou eritematoso sistêmico), doença de Crohn, retocolite ulcerativa, doença celíaca, cirrose biliar primária, hipotireoidismo (tireoidite de Hashimoto), uveíte, episclerite, psoríase, vitiligo, abortos no primeiro trimestre da gestação, doença periodontal, diabete infanto-juvenil, alergias, e outras], além outros distúrbios ou doenças não autoimunitários (câncer, hipertensão, diabete da maturidade, acidentes cardiovasculares, osteopenia e osteoporose, depressão, distúrbio bipolar, esquizofrenia, infertilidade, malformações congênitas, dores crônicas tais como a fibromialgia e a enxaqueca, e doenças neurodegenerativas (como Parkinson e Alzheimer).
Salienta-se a urgência da adoção de políticas de saúde pública e privada para evitar-se a situação em curso, catastrófica sob o prisma humano e social, voraz devoradora de recursos, produtora de um número crescente de doentes e incapacitados.